Começei a pensar essa tarde em como os Power Rangers foram se tornando ridículos à medida que nós crescemos. Sabe, isso engana as criancinhas, mas depois que a gente cresce, assiste filmes de ação e animes, a coisa muda completamente de rumo.

Eu adorava os primeiros Power Rangers. Hoje, olho pro que passa na Band e sinto vontade de vomitar. Sério, o que aquilo era e o que se tornou são coisas muito diferentes. Uma bizarrice só.


Pra se ter como exemplo, quero comparar os primeiros Power Rangers, aqueles que a gente assistiu na Globo na década de 90, e que por algum motivo adoramos com todas as nossas forças. Era bom ver Jason e seu pessoal salvando a Alameda dos Anjos de todos os malfeitores que surgiam pelo caminho. 


O problema veio em séries seguintes, que fazem puro copiar/colar da mesma fórmula. A partir da série da Galáxia Perdida (que mais parece se passar na Terra), você já nota o padrão. É vomitivo ver os Rangers dancando quase uma macarena cada vez que vão soltar UMA FRASE.


Vou até mostrar os defeitos, um por um, pra vocês sacarem o que eu estou querendo dizer.


Repeteco Exaustivo
A gente encarava numa boa os primeiros Rangers. O problema é que, hoje em dia, TODOS os episódios dos Power Rangers seguem o mesmo padrão cretino:
Começa com algum problema pessoal trivial e tosco. Então corta pra base dos vilões, que colocam seu novo plano fresquinho of doom em prática. Aí o pessoal, normal, começa a lutar tipo Jackie Chan com os Bonecos de Massa/Goblins/WHATEVER. E então surge o monstro da vez, uma coisa vestindo outra coisa que você JAMAIS vai saber o que deveria ser. Rola a treta, os Rangers usam uma arma from hell de tecnologia pra ferrar com o monstro e... ele dá um jeito de crescer e pagar de GODZILLA!
E então, os Rangers chamam seu Megazord. Toda maldita vez, eles chamam a merda do Megazord. Vira uma treta de bonequinhos com efeitos de faísca ridículos pra simular explosões. E então o Megazord dá seu OmegaMasterUltimate Attack pra foder o cu do monstro e faz pose de Fuck Yeah enquanto o bichão deita e explode no que deveria ser uma cidade.
Ninguém considera o dano que esses monstros causam, ou mesmo a porra do estrago que o Megazord faz junto com ele quando o bicho cresce. Aliás...


PRA QUE DIABOS A BRIGA DE GODZILA EM TODO MALDITO EPISÓDIO?
Sempre assim. Luta com o Monstro, ele toma energético, vira Godzilla e os Rangers chamam o Megazord equivalente da série respectiva. Tipo... SERÁ QUE PODERIAM LARGAR MÃO DA PORRA DO MEGAZORD E DEIXAR O BICHO MORRER SEM TER QUE TOMAR STEROIDS? Sério... Batalha de Megazord é forçada demais...


Sentai... SENTA AÍ, CLÁUDIA!
Toda maldita frase. A cada letra da frase, eles soltam uma pose. Dançam a RAGATANGA pra dizer um mero "vamos pegar o monstro!". Dançam break enquanto conversam com o animal. Mas quando não estão vestidos de Rangers, isso não acontece. O que são os Power Rangers então, COREÓGRAFOS? Ridículo.


Nexo, pra que?
Sabe, não conheço quase nenhuma série depois dos primeiros Power Rangers que tenha qualquer nexo. Acho que a única série depois da primeira que realmente valeu a pena assistir, e ainda assim padecia dos mesmos problemas, era SPD. Curiosamente, o Ranger vermelho NÃO ERA O LÍDER e ainda era filho do Ranger vermelho da Força do Tempo. No Dino Trovão, o mesmo Tony, antes o Ranger Branco da primeira série, aparece como mentor do pessoal atual. Porque as outras séries não demonstram um mínimo de nexo entre si, sem mencionar histórias mais profundas como as de SPD e Dino Trovão? Tão difícil assim fazer algo que todas as idades possam gostar?


Live action não é um anime, aprendam.
Tentam a todo custo reproduzir os efeitos de um anime. Fala aqui quem já viu um episódio de Ryuukendou e deu por certo que aquilo era uma tentativa de transformar anime em live action. Nos Power Rangers a coisa é a mesma. O problema é que, com tanta pose e com monstros mal feitos, nem o Kamen Raider americano (que me surpreendeu por ter menos tosquisse que os Rangers atuais) faria pior. Além do mais, quem assistiu Smallville (Um seriado que em dez temporadas fez meio planeta babar com efeitos especiais dignos de cinema) não se contentaria com os efeitos vagabundos dos Power Rangers hoje em dia.


Enfim, acho que dá pra eu terminar por aqui a minha avaliação. Se eu fosse diretor dessas séries dos Power Rangers, tenham certeza: eu teria mudado MUITA COISA ali. Teria transformado os Rangers naquilo que eles tem potencial pra ser. 


Mas como essa é a TV americana... O negócio é me conformar e ir ligar o videogame que eu ganho muito mais.

Pois é. Estou assistindo mais alguns capítulos da novela que a Capcom conseguiu criar ao cancelar o jogo mais esperado pelos fãs de uma franquia: Megaman Legends 3.

Admito que eu era uma das pessoas que estavam esperando por esse jogo. Zerei Megaman Legends 1 e 2 sem a menor hesitação. Fã de Megaman como eu sou, joguei quase tudo que estivesse canonicamente ligado à série. Série Clássica? Joguei até o 8. O 9 e 10 eu não joguei porque foi nele que começou o imenso destrato ao mascote da Capcom. Gráficos de Nintendinho? Pra que diabos? Era tão difícil fazer gráficos dignos da geração HD?

Caramba, Megaman X8 foi a maior prova de que tecnologia e essência conseguiam se casar na série. Joguei a série X inteira, tenho com orgulho meu Megaman X8. Mas esta é outra série que a Capcom jogou às moscas. Provavelmente nunca saberemos o que acontece com o Axl depois do final do X8. E isso me deixa com raiva.

A série Zero foi a única que manteve seu controle ao longo do tempo que rolou. O Inafune começou e terminou a série, mas sinceramente acho que ele deixou tudo muito infantil e frufru, coisa que a série X, que precede essa, não é. O que me lembra que tenho que terminar o trabalho de uma fic que estou transcrevendo das imagens pra documentos do Word pra um amigo.

Já a série ZX... O que dizer? Humanos brincando de serem reploids? Eu realmente achei meio chato. Caras, cadê o X, o Zero, o pessoal que realmente fez a franquia andar para a frente? Admito que fechei o ZX uma vez, e nem cheguei ao final do ZXA. Talvez eu retome ambos uma hora (Fechei o ZX com o Vent apenas...). Sem mencionar que o jogo tá muito mal explicado.

Mas voltando ao Legends, há duas coisas que fizeram os fãs estourarem quanto ao cancelamento do terceiro jogo: a Capcom ter colocado abertamente a culpa em seus fãs (Via TWITTER, o que é pior), e ela ter escurraçado fãs que faziam cosplay de Megaman da Comic-Con. Uma atitude realmente anti-semita, estúpida e, na minha opinião, um pedido para serem enterrados entre os inimigos número um dos jogadores. E a gente achava que a SEGA estava cagando para os fãs de Sonic... Capcom conseguiu fazer algo muito pior do que apenas cagar para os fãs de uma franquia toda.

Talvez o que mais me impressionou nessa bagunça, não foi o que a Capcom fez. Foi o que os fãs começaram a fazer para se mobilizar. Primeiro, começaram petições, mas a coisa cresceu para uma página no Facebook: 100,000 Strong for Bringing Back Mega Man Legends 3 , vulgo Get me Off the Moon (http://www.facebook.com/GetMeOffTheMoon).

A página consiste em juntar cem mil pessoas dispostas a forçar a Capcom a voltar atrás. Mas a Capcom, no dia primeiro desse Agosto, tomou conhecimento da página, e tornou a pisar nos fãs, avisando que não tem intenções de voltar atrás. Claro que isso tem irritado cada vez mais os fãs da franquia.

Ainda vai rolar muita shitstorm relatada a esse jogo. O pessoal anda se mobilizando a mil. E não adianta dizer "não vai adiantar", "eles nunca ouvem os jogadores e fãs", etc, etc, etc. Estamos falando de um ato sórdido: a Capcom conseguiu pisar no prato em que comeu.

E eu estarei assistindo de perto pra ver se a Capcom vai acabar comendo o próprio excremento que defecou.

Cá estou eu, com um blog só meu.

Estava há eras pensando em criar um espaço para colocar meus pensamentos e tudo o que eu acho sobre o mundo e a vida. Comentar novidades, falar porcarias generalizadas, tudo o mais. Não só de videogames, mas de música, do mundo, da vida.

Bem, este post será extremamente curto já que o assunto é apenas inaugurar esta tralha. Sintam-se à vontade para apreciar cada pérola que eu esteja dizendo por aqui.